CAPELA / CAPELÃO / CAPELANIA


Definições dos Termos: CAPELA / CAPELÃO / CAPELANIA

No Aurélio

capela sf. 1. Pequena igreja de um só altar. 2. Divisão de templo, com altar próprio.     
capelania sf. Cargo ou dignidade de capelão.    
capelão sm. Padre incubido de rezar missa em capela, ou que dá assistência espiritual a regimentos militares, escolas, hospitais, etc.

No Melhoramentos

Capela, s.f. 1. Edifício religioso, que comporta geralmente um altar. 2. Aposento consagrado ao culto, numa instituição ou moradia.            
Capelania, s.f. Cargo e benefício de capelão.    
Capelão, s.m. 1. Padre encarregado do serviço religioso de uma capela. 2. Sacerdote que dirige serviços religiosos e presta assistência espiritual em corporações militares, hospitais, colégios e comunidades religiosas. Pl.: capelães.

Definição correta e mais abrangente:

Capela - É um local edificado normalmente no interior das dependências de presídios, hospitais, escolas, ou nas suas imediações, e administrada e dirigida por um Capelão.
Capelão, Ministro religioso (padre, pastor, rabino,...) autorizado a prestar assistência religiosa e a realizar reuniões religiosas (cultos, missas,...) em comunidades religiosas (conventos, institutos, retiros, seminários,...), colégios, corporações militares, hospitais, presídios, universidades, e outras organizações. Obs: Ao longo da história, muitas cortes e famílias nobres tinham também o seu capelão, bem como, uma capela em casa ou palácio.
Capelania É dar Assistência Espiritual em regimentos militares, hospitais, presídios, asilos, conglomerados, escolas e a carentes de tal ministério. É levar a fé, a esperança e o amor (I Coríntios 13.13). É evangelizar (Marcos 16.15). É aperfeiçoar sua fé com as obras (Tiago 2.22). É ser ovelha de Jesus (Mateus 25.35,36). É fazer o bem (Tiago 4.17). Enfim, é uma 
Visão Bíblica.


MISSÃO

- A Capelania tem como missão atuar nas diversas instituições através de oficiais (militares) ou voluntários (hospitais, prisões, escolas, etc.) capacitados.        
- Estes agentes (capelães) levam amor, conforto e esperança aos soldados, pacientes, alunos, funcionários e familiares, vivendo a fé cristã através do atendimento espiritual, emocional, social, recreativo e educacional, sem distinção de credo, raça, sexo ou classe social, em busca contínua da excelência no ensino e no ministério de consolo e esperança eternos.

ATUAÇÃO

- O Ministério da Capelania e da visitação pode ser exercido no interior e imediações de entidades fechadas: Quartéis, Navios, Presídios, Delegacias, Hospitais, Sanatórios, Casas de Saúde Mental, Asilos, Orfanatos, Casas de Menores, Escolas (Internatos, Universidades,...), Comunidades Religiosas (Institutos, Seminários, Retiros, etc.), Cemitérios, Sindicatos, Fábricas, Empresas, Clubes, Creches, Condomínios, Instituições Públicas (Câmara, Prefeitura, repartições,...), etc.
O Capelão voluntário atua também em Guerras, Revoluções, Acidentes, Catástrofes, Inundações, Terremotos, etc. Enfim se prontifica para ajudar aos necessitados em qualquer situação.

SERVIÇOS:

- Missionários, pastores, profissionais da área de saúde e membros de diversas denominações evangélicas dedicam suas vidas ao apoio e conforto espiritual em lugares que fogem às 'quatro paredes' da igreja, como hospitais, presídios e escolas.
- Assistência Espiritual.

TIPOS:

- Capelania é um ministério espiritual de serviço a Jesus que cuida dos que estão, de alguma forma ou por algum tempo privados do convívio de suas famílias ou da sociedade.

Capelania Militar: Prestada por oficiais Militares com qualificação militar de Capelão em Quartéis, Corporações, Regimentos, Navios das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica), Polícias Militares e Corpo de Bombeiros Militares.

Capelania Hospitalar: Prestada por voluntários em Hospitais, Pronto-socorro, Sanatórios, Saúde Mental, junto a pacientes e profissionais da saúde.

Capelania Carcerária: Voluntários em Presídios, Colônias Penais, Prisões, Delegacias, e juntos aos familiares dos encarcerados.

Capelania Escolar / Universitária: Voluntários atuando dentro de Escolas, Institutos, Seminários, Universidades e imediações. Atua junto a corpo docente, discente e administração.

Capelania Institucional: Voluntários em Casas e abrigos de menores, Empresas, Associações, Orfanatos, Asilos, Repartições Públicas, e outras entidades sociais.


CAPELANIA NA BÍBLIA

A ARMA DO CAPELÃO EVANGÉLICO NÃO É A PISTOLA OU A ESPADA MAS A BÍBLIA SAGRADA, E ASSIM SENDO ELE DEVE BASEAR TODOS OS SEUS CONSELHOS NAS RECOMENDAÇÕES E AÇÕES DAS SANTAS ESCRITURAS.

A Bíblia desta com grande veemência que o Dom da vida é o amor. Se não houver amor ao próximo não existe base para a capelania. "E o segundo semelhante a este é: Amará o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes”. (Marcos 12.31).

Aquele que ama ao necessitado o consola. Se não há consolo na verdade não existe a assistência espiritual. "... o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que somos consolados de Deus”. (II Coríntios 1.3-4).

A Capelania exige força e equilíbrio. "Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos”. (Romanos 15.1).

REFLEXÃO E AÇÃO

Para meditação em classe recomendo a leitura bíblica de Mateus 25.34-46 e um comentário sobre a mesma, revendo nossas atitudes diante do próximo e nossos conceitos.



CAPELANIA CARCERÁRIA

Prestada por Capelães e Voluntários capacitados e credenciados em Presídios, Colônias Penais, Prisões, Delegacias, Delegacia da Mulher, e juntos aos familiares dos encarcerados.

Na Bíblia:

Coloque-se no lugar deles:

Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como o sendo vós mesmos também no corpo. (Hebreus 13.3).

Ore pelos presos:

"Chegue à tua presença o gemido dos presos; segundo a grandeza do teu braço, preserva aqueles que estão sentenciados à morte." (Salmos 79.11).

Deus não está insensível a eles:

"O Senhor observou a terra, para ouvir o gemido dos presos, para soltar os sentenciados à morte”; (Salmos 102.19-20).

Jesus cumpriu pessoalmente este ministério:

"O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor”. (Lucas 4.18-19).

Veja também:

"Salmo do preso", atribuído a Davi quando estava na caverna fugindo de Saul. (Salmos 142).

"Porque o Senhor ouve os necessitados e não despreza os seus cativos." (Salmos 69.33).

"Alongaste de mim os meus conhecidos e fizeste-me em extremo abominável para eles: estou fechado e não posso sair”. (Salmos 88.8).

"10 tal como a que se assenta nas trevas e sombra da morte, presa em aflição e em ferro.
13  Então, clamaram ao Senhor na sua angústia, e ele os livrou das suas necessidades.
14  Tirou-os das trevas e sombra da morte e quebrou as suas prisões”. (Salmos 107.10.13-14).

Atuação:

O trabalho de Capelania Carcerária atua sobre os encarcerados e egressos, seu parentes e sobre o corpo de segurança e administrativo das unidades prisionais.               
Consiste de várias atividades:  
- Aconselhamento espiritual e pastoral.              
- Distribuição de Bíblias e literatura evangélica.
- Orientação e encaminhamento jurídico.          
- Realização de reuniões de cultos, Santa Ceia, batismos, unção de enfermos, casamentos e até apresentação de crianças nas unidades.  
- Ensaios de corais, cantores, bandas e músicos.             
- Unção de novos obreiros.       
- Cursos de teologia, leitura bíblica, escolas bíblicas, etc.

Capelão:

O capelão deve ter um mínimo de conhecimentos relativos ao ministério:
Orientações sobre o trabalho,
Ética carcerária e comportamento ético no ambiente prisional,
Compromisso com a não violência,
Respeito à vida e solidariedade,
Relacionamento com os profissionais da segurança,
Teologia do sofrimento,
Consolo e noções de aconselhamento cristão

Problemas:

Neste Ministério existem inúmeros problemas, mas que não tem impedido a ação dos mesmos e a expansão do Reino de Deus:
Superlotação carcerária.
Drogas e diversos vícios.
Doenças e promiscuidades.
Desagregação social.
Recursos financeiros.
Falta de condições e locais adequados até por causa dos cuidados com a segurança.
Idolatrias, seitas e heresias.
Ameaças até de morte.
Etc.


CAPELANIA ESCOLAR

Ações da Capelania Escolar
Evangelização, e integração social, através das ações realizadas pela capelania: Escolar e assistência social.
Metas
Em todos os casos em que textos pedagógicos falam em desenvolvimento cognitivo, podemos tranqüilamente substituir a palavra “cognitivo” por “intelectual”. Isso deve simplificar as coisas. Não que a definição de “inteligência” não seja tão ou mais problemática que a de “cognição”. Porém, é uma palavra à qual estamos mais acostumados e com a qual, geralmente, nos sentimos pisando em terreno mais firme.
E é com este pensamento que nos iremos trabalhar com as pessoas, no desenvolvimento da capelania escolar: procurando respeitar as suas opiniões em particular, e, ao mesmo tempo aproveitando a abertura deste dialogo, para pregar-lhe a Palavra de Deus. Porque o objetivo principal da Capelania escolar é: aproveitar este espaço concedido para, evangelizar a todos, dentro do perímetro escolar.
É de conhecimento que as escolas são vítimas de violência tanto física e moral, e que essa violência muitas vezes são praticadas por eis alunos da própria escola que uma vez sentiram-se discriminados e rejeitados perante a sociedade e até mesmo no seio da família. A capelania tem por objetivo levar uma palavra de amor e compreensão, palavra esta dirigida não somente aos alunos, mas também aos familiares e educadores.
É assim que a Capelania estará cumprindo suas metas e objetivos cumprindo o IDE de Nosso Senhor, JESUS CRISTO; (MC: 16:15.).
A Bíblia diz: ensina a criança no caminho onde deve andar. Pv. 22.6


Capelania Assistencial

Capelania Assistencial é a prestação de assistência religiosa voltada ao aconselhamento clinico onde o tratamento é mais delicado e direcionado.
Uma capelania não tem que ser exercida exatamente por um pastor; existem pessoas que são autorizadas a exercer a capelania, como presbíteros, missionários e evangelistas, e ainda as que a exercem inconscientemente por desconhecimento de causa.
A capelania hoje se confunde com a liberdade de cultos mais essa não é a grande verdade.
Ao bem da verdade, um capelão de fato e de direito tem que cumprir alguns requisitos básicos, dentre eles, ser pastor, enquanto que os pastores não são necessariamente Capelães, podem apenas exercer capelanias dentro dos previstos nos artigos 5º, 6º, 7º da Constituição Federal – Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991. 
  
ACONSELHAMENTO  BÍBLICO

Este tipo de aconselhamento enfatiza a necessidade de INTEGRIDADE na vida do conselheiro. O capelão deve ser um modelo de vida sábia. O aconselhamento bíblico, portanto, adota como estratégia principal a promoção da maturidade emocional e espiritual.   

A MATURIDADE ENVOLVE DOIS ELEMENTOS

Obediência imediata em situações específicas.
Crescimento de caráter em longo prazo.


GRANDE PARTE DO ACONSELHAMENTO CONSISTE EM REMOVER BLOQUEIOS TAIS COMO:

Não posso... (Sim, você pode).
Não quero... (Quer a benção, mas não quer compromisso com Deus).
Não sei como lidar com isso... (Ou não quer).                             

(Reprogramar a maneira de pensar. Falta de integridade).

ELEMENTOS BÁSICOS DA CAPELANIA ASSISTÊNCIAL

ENVOLVIMENTO: É a habilidade de estabelecer um relacionamento construtivo com o aconselhado.

ENGATAMENTO: É a habilidade de conseguir um compromisso sólido com a palavra de Deus e com o problema. 

3. ENCORAJAMENTO: É a habilidade de produzir ânimo.

RASTREAGEM: È a habilidade de obter informações relevantes, a um diagnóstico acurado do problema. Opera-se muito a palavra de conhecimento. Os pacientes falam do efeito do sintoma, mas não fala da causa. TEMOS QUE CHEGAR A RAIZ DO PROBLEMA.

ENTENDIMENTO: È a habilidade de interpretar para si e para o aconselhado a causa do problema. Compartilhando a causa, 50% já estará resolvido. 

ENSINO: È a habilidade de instruir em direção a palavra de Deus. Acompanhamento (capelania) e discipulado (ministério pastoral).

EXERCÍCIO: È levar o aconselhando a por em prática, no dia a dia, o ensino recebido.

ENCAMINHAMENTO: É a habilidade de terminar o aconselhamento. (como clínico estabelecer um tempo no máximo de 3 meses) 
 
PROBLEMAS  E  CRISES  EM  ACONSELHAMENTO

1. PROBLEMAS PESSOAIS:
Falta de confiança: Medo, ansiedade e fobia.
Culpa: Área sexual, mentira, roubo e ira.
Falta de confiança: Vaidade, complexo de inferioridade, orgulho.
Auto-imagem: Acentuadas mais que os outros, quando negativa entra em depressão, traumas.
Alcoolismo: Não consegue superar o vício, a dependência.
Drogas: 20 a 25% são dependentes de psicotrópicos nas igrejas.
Financeiros: 50% dos conflitos conjugais é por causa da situação financeira.

FAMILIAR:
Marido Dominador
Mulher Dominadora, possessiva (desajustadas na sociedade)
Área sexual Insatisfação, frigidez, ejaculação precoce, taras, masturbação. (Criança que assistiram os pais tendo relação sexual traz taras e traumas as crianças).
Filhos: Adolescência, desobediência, rebelião, (maturidades emocionais precoces, jovens cristãos estão praticando sexo antes do casamento (fornicação)).
Financeiro.

3. VIZINHOS:
Brigas
Intrigas
Propriedade – Briga de muros com os vizinhos.
Filhos – Duas famílias envolvidas, briga, gera magoa, ressentimento, (em brigas de crianças não se envolva tomando partido, logo esquecem e os pais continuam se desentendendo).


RESUMO

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS E CRISES

SEXUAIS
FINANCEIRO
ÁLCOOL E DROGAS
AUTO-IMAGEM
ENDEMONIAMENTO
CRISE EXISTENCIAL – Todos nós passamos por esta experiência, perdemos o controle e o domínio, e vemos o mundo interior a desabar.

CUIDADO COM UM ACONSELHAMENTO
 NO CAMPO NÃO CONHECIDO

Ter humildade em reconhecer.
Área de psicotrópico, não suspender sem orientação medica.
Viciados em drogas, enviar em lugares especializados, de preferência em casas de recuperação cristãs.
Use mais a Bíblia, quando não se conhece a área.

CAMPO DE BATALHA:
Ef 6:10-18  -  Nossa luta não é contra gente, pessoas, etc.
Reconheça o inimigo (Reconhecer que o inimigo não é o próximo, mas Satanás).

OUVIR:
Bem e com atenção, ouvir com os olhos.
O capelão deve sentir  que o aconselhado o está ouvindo.
Do ponto de vista do aconselhado, empatia.
Examine bem o que está dizendo “as entrelinhas”.
Deixe a pessoa sentir que você tem tempo para ouvir.

SENTIR:
Simpatia – sentir por / Empatia – sentir com.
Seja humilde.

Não deixe a pessoa saber que sabe tudo.
Não deixe a pessoa pensar que o problema dele e tolo.
Rm 12:3
Gn 6:1

EMPATIA – Tendência para sentir o que o outro sente na mesma circunstância.

AMAR:
Verdadeiramente – no Batismo de Amor (Ágape).
O aconselhado deve se sentir amado pelo corpo e por Deus (I Co 13).

E.  INTERCEDER:
Orar pela pessoa.
Orar com a pessoa..
O capelão evangélico tem que ser uma pessoa de oração.

PERDÃO:
Há perdão para todos.
Há perdão da parte de Deus.
Da parte de conselheiro.
Da parte do aconselhado, muitas vezes, não se perdoa.
I Jo 1:9 – Sentimento do que não foi perdoado não vem de Deus.
Jr 31:34; Is 38:17; Sl 103:12; Hb 10:17-22.
Perdoar não é esquecer, é lembrar a situação passada apenas como fato histórico.
Perdão não e emoção ou sentimento, está no campo da decisão, (Rm 8:28).


F. TRECHOS IMPORTANTES SOBRE A CAPELANIA ASSISTENCIAL:

Jr 45
Sermão do Monte – Mt 5
Sermão da Planura (Plano) – Lc 6:17-49 – Principio cristão.
Carta Pastoral – I e II Tm e Tt.
Consagração a Deus – Rm 12 e I Jo 1:8 a I Jo 2:2.

BIBLIOGRAFIA

Sites da CGADB e da COMADESPE
HARRIS, R. Lair – Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, SP, Vida Nova, 1988.
RAD, Gerhard von, Teologia do Antigo Testamento 2vl, SP, ASTE, 1986.
Bíblia de Estudos Pentecostal


Pesquisa:
Capelão Elias Batista Nogueira
Chefe do SEPECAB
PhD / ThD / DD

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