Dependência Quimica



DEPENDÊNCIA QUÍMICA - A Dependência Química é considerada um transtorno mental, em que o portador desse distúrbio perde o controle do uso da substância, e a sua vida psíquica, emocional, espiritual e física vai se deteriorando gravemente. Nessa situação, a maioria das pessoas precisa de tratamento e de ajuda competente e adequada. Dependência química não é simplesmente "falta de vergonha na cara" ou um problema moral, é uma doença como a Diabetes, o paciente não escolhe ter a doença, mas pode sim escolher fazer o tratamento, e assim como diabeticos controlam o açucar no sangue com medicações e cuidados com a alimentação, o dependente químico pode buscar ajuda para controlar sua adicção e entender o ciclo da doença. É considerada uma doença BIOPSICOSSOCIAL.     

É uma doença química: É provocada por uma reação química no metabolismo do corpo. O álcool e o tabaco, por exemplo, embora a maioria das pessoas separe das drogas ilegais, são drogas tão ou mais poderosas em causar dependência em pessoas predispostas, como qualquer outra droga, ilegal ou não.  

É uma doença interna e não externa: As questões externas como dificuldades sociais, familiares, sexuais, profissionais não geram a dependência química. Existem fatores internos de cada organismo, que atuam direta e indiretamente e contribuem para a instalação da doença, provocando uma predisposição física e emocional para a dependência.

É uma doença progressiva: o uso contínuo e sem tratamento de drogas pode se tornar cada vez mais intenso e perigoso para o dependente químico. É uma doença crônica incurável: Uma vez dependente químico, sempre dependente, indiferente de estar ou não em recuperação, usando ou não usando algum tipo de droga. Não existe cura para a dependência química, existe sim tratamento com êxito – contínuo e permanente.

É uma doença controlável: Mesmo que não se possa usar o álcool ou outras drogas de maneira “social” ou “recreativa”, o dependente, se aceitar e realmente se empenhar no tratamento, poderá viver muito bem sem a droga e sem as consequências negativas do seu uso frequente.            

É uma doença que atinge toda a família: O convívio com o dependente químico faz com que sua família também adoeça emocionalmente, tornando-se necessário o tratamento de todos os familiares. Recebendo assim orientações a respeito de como lidar com o dependente e de como lidar com seus sentimentos em relação a ele.

É uma doença física: Se manifesta pelo aparecimento de profundas modificações físicas, alterando o metabolismo orgânico quando se interrompe o uso da droga. Essas alterações físicas obrigam o usuário a continuar consumindo a droga, caso contrário ocorre uma “crise ou síndrome de abstinência”. Essas alterações presentes na “Síndrome de Abstinência” se manifestam por sinais e sintomas de natureza física e variam conforme a droga.    

É uma doença psicológica: É a sensação de satisfação provocada pelo uso da droga que faz com que o indivíduo a utilize continuamente para permanecer satisfeito e evitar o mal estar da abstinência. A falta da droga deixa o dependente abatido, em péssimo estado psicológico. Quando privados da substancia, os dependentes sofrem modificações de humor, comportamento, mal-estar. Os tóxicos que criam dependência psíquica provocam 1 hábito.               

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DO DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a dependência de substância se apresenta sob os seguintes sintomas:   

1. Tolerância: 
Necessidade progressiva de maiores quantidades da substância pra atingir o efeito desejado;Significativa diminuição do efeito após o uso continuado da mesma quantidade da substância.           

2. Abstinência: Presença de sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia e sinais fisiológicos (tremor) desconfortáveis após a interrupção do uso da substância ou diminuição da quantidade consumida usualmente; Consumo da mesma substância ou outra similar a fim de aliviar ou evitar os sintomas de abstinência.         

3. Ingestão excessiva: 
Ingestão da substância em quantidades maiores ou por um período maior do que o período de uso inicial.               

4. Desejo de diminuir  
O indivíduo expressa o desejo de reduzir ou controlar o consumo e a quantidade da substância ou apresenta tentativas nesse sentido, porém sem sucesso.       

5. Perda de Tempo Boa parte do tempo do indivíduo é gasto na busca e obtenção da substância, na sua utilização ou na recuperação de seus efeitos.   

6. Negligência em relação às atividades           
O repertório de comportamentos do indivíduo, como atividades sociais, ocupacionais ou de lazer do dependente encontra-se extremamente limitado para atividades que envolvam o uso da substância.     

7. Persistência no uso+ Embora o indivíduo se mostre consciente dos problemas ocasionados, mantidos e/ou acentuados pela substância, sejam físicos ou psicológicos, seu consumo não é interrompido.


A DEPENDÊNCIA QUÍMICA É UMA DAS DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS MAIS FREQUENTES DA ATUALIDADE.

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